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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

29 de Agosto: Dia da Visibilidade Lésbica



Luísa Machado, Secretária LGBT -  Guarulhos.


Lésbofobia mata, e não é crime.

A data surgiu em 1996, no Rio de Janeiro, por resolução de um seminário nacional realizado por grupos de ativistas lésbicas. A proposta da data tinha a ver com a necessidade de fomentar a organização das mulheres lésbicas e dar visibilidade e resposta à opressão machista e homofobia no país.

O Brasil é campeão mundial em assassinatos por homofobia. É o sétimo colocado em assassinato de mulheres e concentra 44% das mortes por LGBTfobia praticadas em todo o mundo. Como se não bastasse, em quatro anos os casos de estupro cresceram 157%, o Relatório Sobre Violência Homofóbica-Lesbofófica no Brasil, mostra que em 2013, das pessoas que foram vítimas de violência e se declararam homossexuais, 37,59% são lésbicas, infelizmente esses dados não mostram a quantidade de lésbicas negras, algo que é de grande importância, pois essas mulheres além do machismo e da lesbofóbia sofrem também o racismo.

Entre as piores das violências está o “estupro corretivo”, um crime que se sustenta pela ideia absurda de que a homossexualidade feminina pode ser curada através do estupro, onde a mulher pode ser corrigida e punida pela sua orientação sexual.

Esses dados, porém, são subestimados. O poder público não produz estudos aprofundados, evitando trazer à luz o nível de violência sofrido pelas mulheres lésbicas e bissexuais, vítimas de tamanhas atrocidades.

Lésbicas encontram as mais diversas dificuldades em seus pedidos de socorro às polícias, que vão desde constrangimentos até a impossibilidade de sequer registrar nos boletins de ocorrência que a agressão foi motivada por homofobia ou que tenham sofrido machismo. Todo um clima de humilhação e impotência garante a impunidade dos agressores, o que é o grande “incentivo” para que essa situação se perpetue. Ao negar assistência e proteção às vítimas, o Estado é cúmplice de toda essa crueldade.

Outro grande papel humilhante que as lésbicas vivem é na saúde, esquecidas e invisíveis elas estão submetidas a ignorância de sua sexualidade, não existe programa para atender a prevenção de doenças sexuais, por exemplo.

E mesmo com tudo isso nesse período eleitoral vemos o descompromisso da ampla maioria dos partidos. Candidatos que se eleito sequer garantirá nossos direitos civis. Por isso, mas que um dia comemorativo, é um dia de luta! E é por tudo isso que construímos um partido revolucionário que apoia, defende e prioriza o direito de todas as minorias, que mais que programa eleitoral, está na luta por uma sociedade sem opressão e exploração, uma sociedade socialista.

Um comentário:

  1. http://www.dpf.gov.br/agencia/noticias/2014/10/pf-investiga-quadrilha-que-fraudava-a-previdencia-social-em-municipios

    http://www.dpf.gov.br/agencia/noticias/2014/10/pf-investiga-quadrilha-que-fraudava-a-previdencia-social-em-municipios

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