Luísa Machado,
Secretária LGBT - Guarulhos.
Lésbofobia mata, e não é crime.
A data surgiu em 1996, no Rio de Janeiro, por resolução de um seminário
nacional realizado por grupos de ativistas lésbicas. A proposta da data tinha a
ver com a necessidade de fomentar a organização das mulheres lésbicas e dar
visibilidade e resposta à opressão machista e homofobia no país.
O Brasil é campeão mundial em assassinatos por homofobia. É o sétimo
colocado em assassinato de mulheres e concentra 44% das mortes por LGBTfobia praticadas
em todo o mundo. Como se não bastasse, em quatro anos os casos de estupro
cresceram 157%, o Relatório Sobre Violência Homofóbica-Lesbofófica no Brasil,
mostra que em 2013, das pessoas que foram vítimas de violência e se declararam
homossexuais, 37,59% são lésbicas, infelizmente esses dados não mostram a
quantidade de lésbicas negras, algo que é de grande importância, pois essas mulheres além do machismo e da lesbofóbia sofrem também o racismo.
Entre as piores das violências está o “estupro corretivo”, um crime que
se sustenta pela ideia absurda de que a homossexualidade feminina pode ser
curada através do estupro, onde a mulher pode ser corrigida e punida pela sua
orientação sexual.
Esses dados, porém, são subestimados. O poder público não produz estudos
aprofundados, evitando trazer à luz o nível de violência sofrido pelas mulheres
lésbicas e bissexuais, vítimas de tamanhas atrocidades.
Lésbicas encontram as mais diversas dificuldades em seus pedidos de socorro às polícias, que vão desde constrangimentos até a impossibilidade de sequer registrar nos boletins de ocorrência que a agressão foi motivada por homofobia ou que tenham sofrido machismo. Todo um clima de humilhação e impotência garante a impunidade dos agressores, o que é o grande “incentivo” para que essa situação se perpetue. Ao negar assistência e proteção às vítimas, o Estado é cúmplice de toda essa crueldade.
Outro grande papel humilhante que as lésbicas vivem é na saúde, esquecidas e invisíveis elas estão submetidas a ignorância de sua sexualidade, não existe programa para atender a prevenção de doenças sexuais, por exemplo.
E mesmo com tudo isso nesse período eleitoral vemos o descompromisso da
ampla maioria dos partidos. Candidatos que se eleito sequer garantirá nossos
direitos civis. Por isso, mas que um dia comemorativo, é um dia de luta! E é
por tudo isso que construímos um partido revolucionário que apoia, defende e
prioriza o direito de todas as minorias, que mais que programa eleitoral, está
na luta por uma sociedade sem opressão e exploração, uma sociedade socialista.
http://www.dpf.gov.br/agencia/noticias/2014/10/pf-investiga-quadrilha-que-fraudava-a-previdencia-social-em-municipios
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