Social Icons

Featured Posts

domingo, 6 de maio de 2018

O PSTU repudia a violência da GCM de GUTI!

O PSTU repudia a violência da GCM de GUTI!


Na última quinta-feira 3/05 a Camara Municipal de Guarulhos tentou colocar novamente em votação o PL 1470/2018 apresentado pelo vereador Laércio Sandes/DEM conhecido por “Escola sem Partido” com o apoio do MBL, Movimento financiado por partidos de direita e por empresários. 

Houve bastante resistência por parte dos professores, movimentos sociais e da comunidade escolar que lotou a galeria da Camara. Os grupos de direita MBL e Direita SP provocaram durante toda a sessão os que eram contra o Projeto. Quando a sessão foi suspensa por falta de quórum uma cena de terror se formou do lado de fora. A GCM comandada pelo Prefeito GUTI/PSB protegeu a saída dos grupos de direita e atacou covardemente os professores e ativistas presentes. Bombas de efeito moral foram disparadas contra nós, muitas pessoas saíram machucadas por cacetadas e balas de borracha, dois manifestantes precisaram ser hospitalizados por pancadas na cabeça. 

As balas que foram disparadas não nos assustaram, tão pouco nos fará retroceder. Esse Projeto é um absurdo, os defensores do Escola Sem Partido demonstram desconhecer a realidade do ensino e da rede pública de nossa cidade. Pretendem criminalizar os professores criando mecanismos para os alunos e a comunidade denunciarem o que eles chamam de “doutrinação”, combatem a pluralidade de ideias que circulam em um ambiente escolar, querendo impor um pensamento único e hegemônico. 
O episódio de quinta-feira é uma grande irresponsabilidade. A educação pública não é caso de polícia. 

Para melhorar a educação é preciso organizar a rebelião!


Para resolver o caos na educação é preciso inverter a lógica atual:  assegurar os interesses da classe trabalhadora e acabar com os privilégios dos ricos. Não é isso que deseja o Projeto Escola Sem Partido, que criará barreiras para que os mais pobres possam ter acesso as ideias e aos conhecimentos.  O Estado tem de parar de dar isenções fiscais aos grandes empresários, deixar de pagar a dívida pública e investir esse dinheiro no bem-estar dos trabalhadores, incluindo a educação.
Isso só vai acontecer com muita luta. 

Por isso, é preciso organizar os de baixo contra os de cima. Para tanto, é preciso instituir conselhos populares nos bairros, nas fábricas, nas escolas, nos locais de trabalho nos quais a classe trabalhadora decida os rumos da cidade. Só assim será possível impor uma transformação social capaz de derrotar o sistema capitalista e os governos de plantão, uma rebelião a serviço da construção de uma sociedade socialista.

Pela Retirada Imediata do PL 1470!
Não a “Escola Sem Partido”!


segunda-feira, 30 de abril de 2018

Abaixo o Escola Sem Partido!


Na próxima quinta 3/05 a Camara de Guarulhos pode deliberar um projeto conhecido como “Escola Sem Partido” ou Projeto Lei da Mordaça, o PL 1.470! O projeto foi apresentado pelo vereador Laércio Sandes/DEM com o apoio do MBL, Movimento ligado a partidos de direita como o PSDB.

O Artigo 2º do PL 1.470 diz: “É vedada a prática da doutrinação política e ideológica em sala de aula, bem como a veiculação, em disciplina obrigatória, de conteúdos que possam estar em conflito com as convicções morais dos estudantes, de seus pais e responsáveis”. Porém não especifica o que são convicções morais, muito menos o que é doutrinação política. Os defensores do projeto criminalizam as discussões de gênero, o debate sobre direitos. Nós do PSTU entendemos que isso é um grave ataque a liberdade de expressão dos professores, é um combate ao pluralismo de idéias.

A Constituição Federal de 1988 assegura essa liberdade em seu artigo 206: “O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: (...) II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas(...)”.

Outro ponto crítico do documento é o artigo 3º, inciso II: “Não fará propaganda em sala de aula, nem incitará seus alunos a participar de manifestações, atos públicos e passeatas com finalidade político-partidária”. Caso o PL seja aprovado os professores e estudantes poderão ser criminalizados caso se organizem para exigir uma escola pública de qualidade.

Toda a opinião é política, inclusive o Escola sem Partido, essa é a política daqueles que sempre governaram o país!

Não é por acaso que se propõe proibir os educadores a convidar “seus alunos a participar de manifestações, atos públicos e passeatas”. Os partidos de direita desencalharam esse projeto num momento em que os estudantes do país inteiro passaram a ocupar escolas e a defender uma escola pública de qualidade. Projetos como esse tem preocupação em criminalizar todos aqueles que lutam pela educação!

Não deram esse nome à toa. Sabem que a crise política do Brasil faz com que a população questione, com toda razão, os grupos políticos tradicionais. Não é por outro motivo que deputados e senadores tentam fazer parecer que essa ideia veio da sociedade por meio do Movimento Escola Sem Partido, ligado a partidos de direita.

Na verdade, os que mais prejudicam estudantes e educadores são os que hoje governam o Brasil e passam a tesoura nos investimentos na área. Só no ano passado, o ajuste fiscal retirou bilhões de escolas e universidades. Com amigos assim, a educação pública não precisa de inimigos.

Quinta na Camara Municipal de Guarulhos nós do PSTU estaremos presentes na luta contra o PL da Lei da Mordaça!

Que os professores e alunos tenha total liberdade de organização e manifestação!

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas e texto
 Imagem: Tião do SAAE

terça-feira, 19 de julho de 2016

Trabalhadores Terceirizadas Ocupam a Prefeitura de Guarulhos!





Hoje a Prefeitura Municipal de Guarulhos amanheceu ocupada pelos Agentes de apoio a inclusão escolar da cidade. Os trabalhadores estão com seus salários e benefícios como vale alimentação e o pagamento das férias atrasados há mais de 40 dias.

A Prefeitura se recusa a negociar. Ontem durante uma reunião, o Secretário Benê/PT debochou dos trabalhadores, dizendo que o pagamento deles não estava na ordem do dia. Após a manifestação elas receberam 50% do salário atrasado, porém vão resistir e permanecer na ocupação até receberem os valores integralmente.

Esses trabalhadores pertencem a empresa Civitas que tem contrato com a Prefeitura de Guarulhos, a mesma é alvo de denuncias de desvio de cerca de 3 milhões de reais no último ano, além de possuir cerca de 400 funcionários fantasmas.

Nós não podemos pagar pela irresponsabilidade dos governantes. O Prefeito Almeida/PT tem que pagar os salários imediatamente!

Esta categoria é formada em sua maioria por mulheres que além de não estarem recebendo, ainda temem a não renovação de seu contrato de trabalho que vence agora em setembro e até agora não existe nenhuma garantia da manutenção desses empregos.

É preciso combater a precariedade dessas terceirizações feitas pela Prefeitura, os trabalhadores precisam de estabilidade, garantia de emprego.

A Prefeitura de Guarulhos é governada pelo PT há 16 anos, este já é o segundo mandato do Prefeito Almeida e o ataque aos trabalhadores municipais só aumentam. Esse Prefeito já demonstrou não ter nenhum compromisso com os servidores, nem com a cidade que está abandonada. É preciso colocar pra fora esse prefeito e todos os políticos que atrasam a vida do povo trabalhador.

O PSTU apoia a luta dos trabalhadores do Civitas!

Almeida pague já dos salários das Agentes do CIVITAS!

Fora Almeida já!


Fora todos!

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Nota do PSTU de Guarulhos sobre o Fechamento do Pronto Socorro do HMU



A Saúde Pública no Brasil vai de mal a pior. Por todo o país vemos hospitais superlotados, postos de pronto atendimento precários. Falta atendimento especializado, não há remédios, além de poucos profissionais. A deficiência no serviço público de saúde é gravíssima.

Por parte dos governos o que se percebe é total abandono e negligência. A saúde que “é um direito de todos e dever do Estado”, torna-se cada vez mais privilégio de poucos.

No Brasil são destinados 280 dólares anuais por pessoa em saúde. Esse valor está pouco acima da média registrada na América Latina, no entanto não chega nem a metade da média mundial. O investimento é baixo e boa parte desse dinheiro não chega ao seu destino. Escândalos de corrupção, ausência de fiscalização e falta de punição aos corruptos fazem parte do cotidiano da saúde no país. 

Guarulhos, há mais de doze anos governada pelo PT, não se diferencia do restante das cidades brasileiras no que se refere a saúde pública. Além de todos os problemas citados acima, recentemente o Hospital Municipal de Urgência (HMU) foi interditado por conta de contaminação por uma bactéria resistente a vários antibióticos, a “acinetobacter baumannii”. Nos últimos dois meses, quatro pacientes do hospital morreram por complicações causadas por essa bactéria.

O atendimento que já é rotineiramente precário ficou ainda pior. Desde a interdição da unidade hospitalar, pessoas que estavam hospitalizadas foram transferidas e os funcionários tem barrado a entrada de pacientes e de parentes deles. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Guarulhos informou que a previsão de reabertura do HMU será no dia 1 de julho. A Secretaria orientou ainda que, em casos de urgência e emergência, as pessoas procurem outras unidades de pronto-atendimento. Exames e consultas, difíceis de marcar e com longo prazo de espera, serão reagendados. Ou seja, nenhum plano emergencial foi criado. A administração pública age como se houvesse acesso fácil, rápido e qualificado ao sistema de saúde municipal ao encaminhar os pacientes para outras unidades.

A verdade é que a Saúde não tem sido prioridade do governo municipal e quem sofre é a população que depende deste serviço. Para resolver o caos na saúde é preciso investimento, por isso defendemos que sejam destinados 10% do PIB para a Saúde pública o que possibilitará construção de hospitais, postos de pronto atendimento, contratação de médicos, especialistas e demais profissionais da Saúde.


O PSTU Guarulhos se solidariza com as famílias que perderam seus entes queridos, bem como com todas e todos que dependem da saúde pública. Também fazemos um chamado aos profissionais da saúde e demais servidores públicos municipais a fazerem um chamado as suas entidades sindicais e construir com outros setores uma forte mobilização, a Greve Geral para derrotarmos o ajuste fiscal, as Medidas Provisórias 664 e 665, que reduzem direitos trabalhistas, além da PL 4330 das terceirizações. Para termos vitórias é preciso nossa organização e luta. 

Não aceitaremos a retirada de Gênero e Orientação sexual do PNE e Planos Municipais de Educação.


Em meio a grandes polêmicas foi aprovado, em junho de 2014, o PNE, Plano Nacional da Educação. O PNE articula-se a partir de vinte metas a serem alcançadas em dez anos.

Uma das polêmicas que nortearam a elaboração e aprovação deste Plano se refere ao Inciso III do Artigo 2º. Para ser aprovado foram suprimidos os termos gênero e orientação sexual que inicialmente constavam do mesmo. O texto original previa ações para superar problemas educacionais decorrentes da desigualdade de gênero e de orientação sexual. Não é preciso ser nenhum “expert” em educação para constatar que muitos casos de discriminação e evasão escolar estão diretamente ligados a fatores relacionados com a identidade de gênero e orientação sexual de alunas e alunos em todos os níveis de ensino. Portanto, a supressão materializa todo um programa educacional pautado na discriminação, no fundamentalismo religioso e na negação de direitos a milhares de pessoas.  

A partir da aprovação do PNE, os Estados e Municípios passam a elaborar seus planos estaduais e municipais. Muitas Câmaras Municipais votaram seus Planos Municipais de Educação. Para sua elaboração foi necessária a adequação dos mesmos ao PNE. O prazo para essas elaborações e votações esgotou-se no final do mês de junho.

O que se viu nas votações municipais foi a reiteração da polêmica em torno dos termos gênero e orientação sexual. Em sua ampla maioria, os municípios também suprimiram de seus planos esses conceitos. A consequência é, sem dúvida, o brutal retrocesso pedagógico, além do enorme prejuízo para educação de crianças e jovens.

A supressão desses termos não pode ser encarada como mera casualidade ou resultado de pressão popular. Foi, na verdade, uma política pensada e defendida por setores fundamentalistas, conservadores, organizados em partidos, muitos deles pertencentes a chamada “base aliada” do governo federal.

São exemplos do retrocesso em relação a políticas de igualdade de gênero e respeito a diversidade sexual os Planos Municipais de cidades como São Paulo, Maringá, Recife, Jundiaí, Nova Andradina, Maceió, São João Del Rei, Contagem, Campinas e Guarulhos. Nestas, e em outras cidades, vereadores ligados a partidos conservadores mobilizaram setores reacionários e fundamentalistas ligados a Igreja Católica e protestantes para garantir o retrocesso nos planos municipais.

Em Guarulhos, a principal polêmica se deu em torno da distribuição de cartilhas em quadrinhos que defendem a igualdade de gênero entre meninas e meninos no espaço escolar. Na verdade, o que as cartilhas propõem é que meninas tenham o direito de cumprir os mesmos papéis sociais que os meninos.

Ao observarmos os argumentos apresentados pelos vereadores para barrar toda e qualquer referência a gênero e orientação sexual, percebemos, de forma muito evidente, que seus posicionamentos reafirmam o senso comum e, por que não, a ignorância. Dizem, por exemplo, que não se deve discutir sexualidade na escola, pois essa discussão dará a criança o “direito de escolher” se quer ser menino ou menina. Afirmam ainda que sexualidade deve ser discutida apenas por pais e mães de crianças e adolescentes.

Argumentos desse tipo revelam a total distorção do que de fato é gênero e orientação sexual. Tratam ambos como se fossem simples escolhas. Também mostram a falsidade ideológica sobre um fato primordial que envolve a questão; gênero e orientação sexual não podem ser ensinadas. Tratam-se de experiências pessoais diante da vida e da sociedade. Ou seja, são percepções que as pessoas tem acerca de si mesmas e do mundo que as rodeia, portanto, não se ensina gênero ou orientação sexual. Isso não se ensina, no entanto, a superação das diferenças de gênero, o respeito para com as identidades de gênero e orientações sexuais são sim ensinados. Esse tipo de ensinamento é de responsabilidade do Estado e da família. A omissão, portanto, é um grave erro, além de um retrocesso enorme para o avanço da consciência e para construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Na verdade, os vereadores, e demais parlamentares, não são de fato ignorantes. Eles compreendem muito bem essa questão. Por trás dessa ignorância aparente está presente um programa e articulação política para retirada de direitos e implementação de projetos políticos que visam barrar qualquer avanço social e emancipatório para o conjunto da classe trabalhadora. Essa política não é aplicada apenas nas Câmaras Municipais, mas se fazem presente na Câmara dos Deputados em Brasília, nas Assembleias Legislativas e mesmo nos Ministérios Públicos.

Este posicionamento politico é defendido por representantes de muitos partidos, desde o PSDB ao PT. Recentemente, por exemplo, uma vereadora do PT de Guarulhos, Dona Maria, apresentou para votação projeto de lei proibindo a Parada do Orgulho LGBT na cidade. Como se nota, o conservadorismo e o fundamentalismo estendem seus “tentáculos” em várias direções.

Mas é preciso reconhecer que eles tem razão quando dizem que este debate é um grande perigo para a sociedade. Sim, isto mesmo, estar presente no espaço escolar esta discussão é um enorme perigo!!! Se aprovadas e incluídas nos Planos Educacionais, tais questões poderão levar crianças e adolescentes a aprenderem, desde cedo, a se respeitarem. Possibilitará que crianças e adolescentes entendam que meninas não tem a obrigatoriedade “natural” de realizarem atividades domésticas, nem tem a total responsabilidade sobre o cuidado de crianças. Compreenderão que homens não podem ser violentos no trato com as mulheres. Perceberão ainda que pessoas do mesmo sexo tem o direito de se relacionarem livremente e que não podem ser discriminadas por isso. Enfim, tomarão consciência de que preconceitos decorrentes das identidades de gênero e de orientação sexual representam um entrave para a emancipação do conjunto da classe trabalhadora. Ou seja, descobrirão, enfim, que toda e qualquer forma de opressão machista, racista e Homo/Transfóbica nos divide enquanto classe, fortalecendo quem nos oprime e explora de conjunto. E esse “risco” não podem correr. Esse é o verdadeiro debate!

Portanto, retirar do PNE, e dos Planos Municipais da Educação, a questão de gênero e orientação sexual é preservar, e mesmo fortalecer, a violência presente no cotidiano escolar.

Por derradeiro, é preciso apontar que o conservadorismo e o fundamentalismo se fazem presentes não somente no parlamento, mas também no judiciário, nas forças armadas, em todos os seus níveis, incluindo a PM, a Polícia Civil e mesmo as Guardas Municipais. Ou seja, atuam em todas as instituições que compõem o Estado Burguês. O próprio Regime Democrático Burguês também se mantém erguido sobre os pilares da opressão.

Neste sentido, defender que por dentro dessas instituições seja possível promover alterações no que diz respeito a discriminação contra mulheres, negros, negras e LGBTs é uma enorme ilusão. Ilusão esta que precisa ser combatida e eliminada do meio da nossa classe. A própria História nos mostra que por mais bem intencionada que seja uma pessoa, ao entrar nesse emaranhado institucional putrefato que é o Estado Burguês, esta pessoa terá apenas dois caminhos a seguir: tornanar-se também ela um burocrata, ou ser completamente aniquilada por estas mesmas instituições. Não há saída possível por dentro do Sistema. Portanto, propor a criação de conselhos, secretarias ou algo do tipo nas instituições municipais, estaduais ou federais é fadar-se a cooptação/burocratização ou a aniquilação. A saída para todas as mazelas da classe trabalhadora está no interior da própria classe trabalhadora. Depende exclusivamente de suas próprias forças. O parlamento, em todos os seus níveis, não pertence a nossa classe. São espaços exclusivos daqueles e daquelas que defendem o Estado Burguês, portanto, opressor e explorador. Desta forma, é preciso sim nos organizar, mas por dentro de nossos próprios fóruns e colegiados e isso inclui os partidos, não qualquer partido, mas os independentes e exclusivos da classe, os sindicatos e movimentos sociais, também estes independentes de governos e patrões.

A luta para que o PNE e os Planos Municipais de Educação retomem esta discussão e incluam a questão de gênero e orientação sexual seguira. Cada uma e cada um é parte importante nessa luta. Organize-se e venha lutar por um mundo sem opressão nem exploração.

 

segunda-feira, 29 de junho de 2015

PSTU Guarulhos organiza atividade de lançamento do livro "Homossexualidade: Da opressão a libertação"

 

 
 
Formar-se politicamente, em sentido amplo, é preparar-se para realizar atividades políticas de maneira mais eficaz em todas as suas dimensões. Ler, debater, argumentar, elaborar são faces indissolúveis da formação política. Esta formação é extremamente importante, pois nos faz compreender a realidade em múltiplos e diferentes níveis. Além disso, a formação política nos possibilita atuar de modo concreto na realidade. Não se trata, portanto, de apenas aprender a pensar, mas também aprender a fazer política, compreendendo-se que esta polarização é, no limite, falsa, pois, pensar é fazer e fazer é pensar.
É bem verdade que a prática homossexual, bem como a existência de pessoas transexuais, travestis e transgêneros sempre existiram. No entanto, a identidade LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros), enquanto setor socialmente organizado, é relativamente recente. Está ligada ao desenvolvimento do capitalismo e do trabalho assalariado. Foi este sistema que “permitiu” a LGBTs saírem do armário. Contraditoriamente, como é próprio do capitalismo, o sistema que “permite” o surgimento dessa identidade LGBTs é o mesmo que se vale dessas identidades para dividir a classe trabalhadora e excluir toda essa população de direitos básicos, incluindo aí o direito a vida, uma vez que só no Brasil, uma LGBT morre por dia vítima de cruéis assassinatos.
 
Exatamente por ter história indentitária recente, a elaboração político teórica especificamente LGBT é muito escassa. Parte dessa elaboração se perdeu em decorrência de políticas e práticas homofóbicas. Muitos estudos e elaborações foram destruídos pelos nazistas. Outros tantos materiais foram queimados, junto com LGBTs, nas fogueiras da “Santa Inquisição”. 
 
Diante disso, é com muito orgulho que a Editora Sundermann e a Secretaria Nacional LGBT do PSTU reedita o livro “Homossexualidade: Da Opressão a Libertação”, de Hiro Okita. Este relançamento é algo importantíssimo para o movimento, bem como para as organizações políticas que trazem em sua pauta a luta contra a Homo/Transfobia.
 
Este livro foi publicado pela primeira vez em 1981. Esta obra é parte do processo da reorganização dos movimentos sociais e de luta contra as opressões. Sua publicação se deu num momento muito importante da luta de classes no Brasil que foram as lutas pela derrubada da ditadura militar. Sua reedição é parte do esforço pela atualização do programa marxista para a questão LGBT.
 
A reedição do texto também se dá num momento histórico muito importante. Estamos vivendo um processo histórico de nova reorganização da classe que depois de anos começa a romper com a Frente Popular (PT). O movimento LGBT também passa por sua “reorganização”. No meio acadêmico vem crescendo os grupos de estudo em torno da questão LGBT. Também crescem e/ou surgem grupos de ativistas, ainda que minoritários, organizados em torno da luta contra a violência, as políticas Homo/Transfóbicas e por direitos. 
 
Em decorrência do dia 28 de junho, “Dia Mundial do Orgulho LGBT”, que faz referência a Rebelião de Stonewall, o levante LGBT que aconteceu nos Estados Unidos em 1969 e converteu-se no marco histórico da luta contra a Homo/Transfobia, a regional do PSTU-Guarulhos organizou o lançamento do livro no último dia 27 de junho. A atividade reuniu militantes do partido, bem como ativistas do movimento sindical e popular. Os livros estão disponíveis para a venda na Sede do PSTU-Guarulhos. Também é possível fazer encomendas por meio dos militantes do partido.
 

 

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Dona Maria/PT inimiga das LGBTs

Fonte: Jornal Folha Metropolitana 

No dia 09 de junho de 2015 a vereadora do PT de Guarulhos, Dona Maria, protocolou na Câmara dos Vereadores o PL 2539/2015 que proíbe a parada LGBT e qualquer outro evento que se refira a identidade de gênero e à orientação sexual na cidade de Guarulhos.

O projeto de lei proíbe a realização da Parada do orgulho LGBT “em vias e logradouros públicos” da cidade. Eventos similares que utilizem “carros de som, trios elétricos e artistas da noite que promulgam e defendam o comportamento homossexual” também serão proibidos.

A proposta de Dona Maria PT tem a mesma linha política de projetos apresentados por partidos como o PSD cujo líder na Câmara Federal, Rogério Rosso, apresentou um PL que institucionaliza a “cristofobia”. O PL tem apoio de Eduardo Cunha do PMDB-RJ que requereu regime de urgência para a votação. Cunha está entre os 40 acusados de envolvimento na operação Lava Jato. Também é autor do vergonhoso projeto para a instituição do “Dia do Orgulho Heterossexual” no Brasil.

O Diretório Municipal do PT imediatamente lançou uma nota e deu um prazo para Dona Maria retirar o projeto do plenário. Dona Maria retirou o projeto e publicou uma carta dizendo assim:

“Sei que meu ato em defesa dos princípios cristãos desagradou os anticristos que me ofenderam através das redes sociais me chamando de homofóbica. (...)Tudo bem, afinal, Jesus veio a terra também para nos ensinar a perdoar, e eu como cristã os Perdoo.”

Como pode após uma tentativa de calar os LGBTs e suas legitimas manifestações, dizendo que os LGBTs não são pessoas “de Deus”, a Vereadora vir a público e dizer que perdoa quem à chamou de homofóbica?

Dona Maria é sim homofóbica. As LGBTs estão diariamente expostas a todo tipo de violência e discriminação. Sofrem com a exclusão de serviços básicos como a educação e a saúde, tem muitas dificuldades no acesso a moradia, mas para Dona Maria isso não é um problema.

O PT de Guarulhos precisa não só exigir a retirada do PL de Dona Maria, mas é preciso fazer uma discussão sobre os rumos do partido, que diz estar na luta contra as opressões, mas na prática além de manter vereadores em suas fileiras como a Dona Maria, ainda nega sistematicamente a promoção de legislações a favor de LGBTs.

O PT está no Governo Federal há 12 anos e ainda não tornou a Homofobia um crime. Enquanto isso, todos os dias uma LGBT é assassinada em nosso país, as mortes são violentas e com requintes de crueldade.

Nós do PSTU não podemos deixar de manifestar nossa denúncia e expressar nosso total desacordo político com o Projeto de Dona Maria PT, uma vez que se alinha a posicionamentos reacionários e fundamentalistas. Fazemos um chamado a todas e todos que queiram lutar consequentemente contra toda forma de opressão e exploração a romper com o PT e construir um movimento LGBT independente, combativo, classista e socialista.


Chega de PT, PMDB, PSDB e seus aliados!
 
Blogger Templates